segunda-feira, 10 de setembro de 2007

A justiça é cega! É (?)

Bem que era pra ser, um dos princípios básicos do direito é que todos são iguais perante a lei diante dela não se distingui, etnia, classe social, sexo, etc. Aquela senhora com os olhos vendados de espada e balança na mão parece não representar mais a justiça dos homens...sua venda caiu ou a tiraram. O certo é que em nosso país ela enxerga e muito.
Infelizmente a virtude da cegueira, assumiu o problema da esquizofrenia!
Há tempos que nos escandalizamos com as denúncias feitas àquelas pessoas que deveriam zelar por princípios éticos que regem o nosso direito. Pessoas essas que envergonham ainda mais o nosso país e nos dão uma sensação de desconfiança, insegurança, desrespeito e indignação. É assim que o país se sente ao se deparar com escândalos como aquele do ex-Juiz Nicolau dos Santos Neves que desviou uma quantia de 170 milhões de reais dos cofres públicos.
O caso recente é o da juíza federal Olga Regina Guimarães acusada de favorecer um traficante colombiano ligado ao cartel de Juan Carlos Abadia. Apesar das provas A juíza inocentou o acusado que detinha em sua fazenda um carregamento de cocaína. R$14. 800 foi o preço do veredicto.
Mas não é só. A juíza hoje foi promovida, sim promovida! Depois de ser acusada com provas contundentes (gravações telefônicas entre ela, o esposo e o traficante), ela foi empossada, em Salvador, no cargo mais alto entre os juízes. Promoção que se dá em caso de antiguidade ou merecimento. O dela se deu por antiguidade.
Não me assustaria se fosse por merecimento...
Para a nossa esperança, o caso já está em processo de investigação. E para limpar um pouco a imagem da magistratura brasileira, se cogita num possível afastamento da juíza enquanto se dá a apuração das denúncias.
Vamos espera pra vê no que dá!
“A justiça tarda, mas não falha”! Será? Mas isso já uma outra história...

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

"Alô, Alô minha Campina Grande, quem te viu e quem ti vê..."

Algumas matérias, dos nossos telejornais locais, vêm me chamando a atenção pela preocupação em relatar um pouco da história da nossa cidade. Não mostrando apenas os feitos dos homens da política e de “elite”, afinal a história de uma cidade está para além dessa discussão que envolve apenas uma parcela pequena da população. As experiências históricas se dispersão em meio a todos os grupos sociais que constituem uma cidade expressas em suas diversas práticas sociais, culturais...
Não me lembro bem o dia, mas, ao assistir um dos programas da TV Borborema, apreciei uma matéria sobre a história dos cemitérios em Campina Grande, em que foi explorado um pouco da trajetória dessa prática na cidade. As pessoas tiveram a oportunidade de saber que os cemitérios, como se apresentam hoje, são espaços não tão antigos assim, são resultados de exigências do processo de higienização do espaço urbano.
Há dois anos atrás também tive a supressa de vê em uma matéria da TV Paraíba o papel que o Açude de Bodocongó teve para a população local durante algumas décadas. Na ocasião o saudoso Historiador Fábio Gutemberg falava da importância do açude tanto, no que diz respeito, ao abastecimento de água na cidade, quanto para a diversão dos campinenses de outrora.
Nessa perspectiva também foi elaborada uma matéria no parque do povo em plena festa de São João que explorava o cenário do arraial, que na ocasião fazia uma homenagem às antigas ruas da cidade. O mesmo Fábio Gutemberg contava as curiosidades e práticas vivenciadas pelos campinenses em ruas como a Rua das Barrocas, Rua da Pororoca, entre outras.
Matérias como estas nos proporcionam um lugar de reconhecimento com a nossa própria história local. E estarem associadas às matérias diárias quebra um pouco o peso das notícias meramente informativas.
Outras poderão ser feitas. Fontes de pesquisa e informação não faltam...nossas universidades estão cheias de trabalhos prontos para serem explorados e compartilhados com a comunidade e os meios de comunicação em massa tem esse papel.
Parabéns aos profissionais que buscam sempre caminhos inovadores na prática de se fazer jornalismo. O “BÊ” A “BÁ” todos conseguem fazer. Ir além é para os criativos, ousados e destemidos. Jornalismo também se faz com poesia, maestria e a arte no seu fazer diário.